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Pedido de Ajuda

AJUDEM-ME

Eu sou a Andreia, tenho 22 anos, sou Educadora de Infância recém formada e moro em Lisboa (Portugal). Até há pouco tempo a minha vida decorria normalmente e feliz até que me foi detectada Leucemia do tipo Mieloide Crónica. Poderei ficar totalmente curada se receber uma transplantação de medula óssea. Constatamos que tanto os meus pais como irmã não são compatíveis para o efeito,e… como tal procuro um dador.Todos os esclarecimentos podem ser obtidos no site do

CEDACE – CENTRO DE HISTOCOMPATIBILIDADE DO SULb http://www.chsul.pt .

O meu nome é Andreia Margarida Morais e Mota.
Poderá contactar-nos através do
motaandreia@hotmail.com .
O possível dador não correrá qualquer risco.
Ficar-lhe-ei eternamente grata se me puder ajudar! Caso não seja possível, agradeço na mesma a sua atenção e desejo-lhe toda a felicidade que eu gostaria de ter. Um beijinho, Andreia
Por Favor, Não ignorem a minha mensagem. Obrigada.
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O que é a
Leucemia mielóide crónica

A leucemia mielóide crónica (mielocítica, mielogénea, granulocítica) é uma doença na qual uma célula que se encontra na medula óssea se transforma em cancerosa e produz um número elevado de granulócitos anormais (um tipo de glóbulos brancos).Esta doença afecta pessoas de qualquer idade e sexo, mas é rara em crianças menores de 10 anos.

A maioria dos granulócitos leucémicos tem origem na medula óssea, mas alguns são produzidos no baço e no fígado. Estas células podem ir desde muito imaturas a maduras, enquanto na leucemia mielóide aguda só se observam formas imaturas. Os granulócitos leucémicos tendem a eliminar as células normais da medula óssea, muitas vezes formando grandes quantidades de tecido fibroso que substitui a medula óssea normal. Durante o curso da doença, os granulócitos imaturos entram cada vez mais na circulação sanguínea e na medula óssea (fase acelerada). Durante esta fase desenvolvem-se anemia e trombocitopenia (escasso número de plaquetas) e a proporção de glóbulos brancos imaturos (blastos) aumenta bruscamente e de maneira espectacular.

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Por vezes os granulócitos leucémicos sofrem ainda mais mudanças e a doença deriva para uma crise blástica. Nessa crise, as células-mãe cancerosas começam a produzir apenas granulócitos imaturos, sinal de que a doença se agudizou. Nesse momento, os cloromas (tumores compostos por granulócitos de reprodução rápida) podem aparecer na pele, nos ossos, no cérebro e nos gânglios linfáticos.

Sintomas

Nas fases iniciais, a leucemia mielóide crónica é por vezes assintomática. Contudo, algumas pessoas ficam fatigadas e enfraquecidas, perdem o apetite, perdem peso, sofrem de febre ou suores nocturnos e também têm uma sensação de estar cheias (habitualmente causada pelo aumento de volume do baço). Os gânglios linfáticos podem hipertrofiar-se. Com o tempo, as pessoas que têm este tipo de leucemias adoecem facilmente porque a quantidade de glóbulos vermelhos e plaquetas diminui consideravelmente, ocasionando palidez, hematomas e hemorragias. A febre, o aumento de volume dos gânglios linfáticos e a formação de nódulos cutâneos com granulócitos leucémicos (cloromas) constituem sinais alarmantes.

Diagnóstico

O diagnóstico da leucemia mielóide crónica estabelece-se frequentemente por meio de uma análise de sangue simples. A análise pode revelar uma quantidade anormalmente elevada de glóbulos brancos, que oscila entre 50 000 e 1 000 000 por microlitro (a quantidade normal é menos de 11 000). Nas amostras de sangue examinadas ao microscópio, os glóbulos brancos imaturos, normalmente só presentes na medula óssea, observam-se em vários estádios de maturação (diferenciação). Também aumenta a quantidade de outros tipos de glóbulos brancos, como eosinófilos e basófilos, e podem observar-se formas imaturas de glóbulos vermelhos.

Para confirmar o diagnóstico deve recorrer-se a análises que avaliam os cromossomas ou porções de cromossomas. A análise dos cromossomas dos glóbulos brancos leucémicos quase sempre demonstra a reordenação de cromossomas. As células leucémicas têm com frequência o chamado cromossoma Filadélfia (cromossoma que contém aderida a ele uma parte específica de outro cromossoma), além de outras alterações cromossómicas.

Tratamento e prognóstico

Embora a maioria dos tratamentos não cure a doença em si, atrasa a sua progressão. Aproximadamente de 20 % a 30 % dos doentes com leucemia mielóide crónica morrem nos dois anos posteriores ao diagnóstico e aproximadamente 25 % morrem anualmente depois desse prazo.

Contudo, muitas pessoas que têm este tipo de leucemia sobrevivem 4 anos ou mais depois do diagnóstico e finalmente morrem durante a fase acelerada ou durante a crise blástica. O tratamento de uma crise blástica é semelhante ao da leucemia linfática aguda. A sobrevivência média depois de uma crise blástica é de apenas 2 meses, mas a quimioterapia ocasionalmente alarga o prazo até aos 8 ou 12 meses.

Considera-se que o tratamento foi eficaz quando se consegue reduzir a quantidade de glóbulos brancos a menos de 50 000 por microlitro. O melhor tratamento disponível na actualidade não consegue destruir todas as células leucémicas.

A única possibilidade de recuperação total é o transplante de medula óssea. (Ver secção 16, capítulo 170) O transplante de medula óssea (que deve ser de um doador com um tipo de tecido compatível, quase sempre um parente próximo) é muito eficaz durante os estádios iniciais da doença e é consideravelmente menos eficaz durante a fase acelerada ou a crise blástica. Foi recentemente demonstrado que o interferão alfa pode normalizar a medula óssea e induzir a remissão, mas ainda não se conhecem os seus benefícios a longo prazo.

A hidroxiureia, que pode ser administrada por via oral, é o medicamento quimioterápico mais usado para o tratamento desta doença. O busulfano também é útil, mas, devido aos seus efeitos tóxicos graves, utiliza-se geralmente durante períodos mais curtos do que a hidroxiureia.

Além dos medicamentos, prescreve-se uma radioterapia do baço para ajudar a reduzir o número de células leucémicas. Por vezes o baço deve ser extraído cirurgicamente (esplenectomia) para aliviar o mal-estar abdominal, aumentar o número de plaquetas e diminuir a necessidade de transfusões.

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A Equipa do Enferm@gem Pedi@tric@ deseja a todos
– amigos e visitantes – uma Feliz Páscoa!
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Abordar o tema morte na criança, por todo o significado cultural e afectivo que acarreta, é tarefa árdua, complexa e extremamente dolorosa. Usualmente tem sido proposto um modelo integral de intervenção junto à criança criticamente doente e sem possibilidades de cura (com o conhecimento científico disponível até aquela data).

Este modelo tem tido como axioma, a mudança do paradigma de “curar” para “cuidar”, deslumbrando a dignidade humana e a manutenção da qualidade de vida quando se esgotaram todas as possibilidades do tratamento e se implementaram acções paliativas.

Os cuidados paliativos na assistência à criança terminal, além da vigilância e tratamento dos sintomas (a dor em especial) têm como objectivo fundamental o conforto da criança.

Para atender às múltiplas e diversas necessidades, temos que ter em atenção que os sintomas são muitos e que mudam rapidamente;

Torna-se pois, fundamental que a família possa contar com o apoio de pessoal especializado. Nalgumas unidades de internamento, como é o caso das Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais ou Unidades de Oncologia, direccionadas para crianças ou jovens, a morte torna-se um evento presente no dia-a-dia das enfermeiras daquelas unidades.

 

Para além das controvérsias entre morrer no hospital ou morrer em casa é necessário (re)colocar a questão em termos de condições familiares e recursos disponíveis na comunidade, tanto para minimizar as dores da criança, como para apoiar a família acerca de como viver com o stress decorrente desta situação.

Conclui-se que um modelo de cuidados paliativos, na perspectiva do apoio de uma equipa em diferentes âmbitos de intervenção: hospital, baseia-se em três focos de análise: a própria criança, a sua família e a equipe de saúde.

As experiências dos enfermeiros em relação aos cuidados a ter com a criança ou jovem e sua família nesta etapa da vida permitem identificar estratégias que viabilizam os cuidados ou os aspectos que dificultam a interacção dos mesmos com a família.

DEPARANDO-SE COM A MORTE DE UMA CRIANÇA

Actualmente os enfermeiros percepcionam que, em muitas situações, apesar de todo o investimento essencialmente tecnológico, a criança não poderá sobreviver.

Trata-se de um momento crítico, mas infelizmente corriqueiro presente nas rotinas do profissional de enfermagem. As experiências que colocam os enfermeiros diante da morte de uma criança são permeadas de muitas surpresas e dúvidas, acarretando medo e insegurança.

Rever os próprios sentimentos e o conceito de morte é a estratégia que estes profissionais utilizam, nesse momento crítico e lhes trará maior segurança no futuro.

 

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  Segundo Abílio Cardoso Teixeira(ForumEnfermagem)

Em 2004 (AZEREDO et al.) , foi realizado um estudo qualitativo, através de entrevista), junto das famílias de crianças internadas no IOP (Instituto Oncologia do Porto), que visava o impacto que o diagnóstico de uma doença patológica teria na respectiva família e quais as estratégias que a mesma utilizou para ultrapassar essa fase.

Os resultados, que foram publicados na altura, incidiam na opinião dos profissionais que lidavam com estas famílias e que constavam das seguintes premissas:

– as referências, na comunicação do diagnóstico aos pais:

…foi um grande choque!
…nem é bom lembrar!
…se me espetassem o coração, não sairia uma gota de sangue!
…perguntei logo ao Sr. Dr. o que era necessário para a minha filha recuperar a saúde….
… disse-me que eu estava maluca, que estava feita com eles (médicos)…
… a primeira reacção do meu marido foi perguntar-me porque aconteceu isto com o nosso filho!

– as referências, aquando na comunicação dos pais à criança:

…disse-lhe que tinha uma doença no sangue semelhante à anemis…
…. disse-lhe que tinha o sangue fraco…
…disse-lhe que tinha uma ferida no cérebro….
…senti-me perdida, sem saber como dizer à minha filha o que ela tinha sem a fazer sofrer…

. as referências aquando na comunicação do diagnóstico aos irmãos:

… o meu filho que nunca foi crente, refugiou-se em Deus para atenuar a sua angústia…

– as referências, aquando na comunicação da família face à criança doente:

O meu outro filho quer ficar doente para ficar comigo e com o irmão…
Sempre fomos muito chegados…ele é o bebé da família…
…a minha filha não quer ver o pai…disse mesmo à Sr.ª Enf.ª Ppara ela não o deixar entrar….diz que o pai a trata como um bebé….

A família e a Sociedade

…quando a minha filha pode regressar à escola eu fui preparar os seus amigos, dizendo-lhes que a doença não era contagiosa…
…olham-no com pena, como se não fosse uma coisa normal…como se não conhecessem a doença…
…os vizinhos, por vezes, são cruéis…quando viram o meu marido a trazer a roupa da minha filha, disseram que ele já trazia a última roupa…

A Família e o Internamento

…estou esperançada pois os médicos dizem que o tratamento da minha filha tem dado resultado…
…às vezes, no hospital somente vemos as crianças que “caem”poia as que melhoram não voltam mais…
Bibliografia: AZEREDO et al – A Família da Criança Oncológica – Testemunhos. Acta Médica Portuguesa, 2004. 17: 375-380;
In Amorim, CLovis – Ecxertos de Trabalho de Mestrado– Departamento de Psicologia (Pontificia Universidade Católica do Paraná)

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Feliz Ano de 2008!

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Ano Novo… Vidas Velhas
Com eles pintamos nossa vida
Em sumidas aguarelas
E nesse quadro pintado em nós
Na alegria de uma ilusão
Vivemos cada vez mais
Perto da nossa foz
Na esperança do grão vindouro
Procuramos num breve serão
O mapa do nosso tesouro
E atrás dessa noite final
Igual a tantas outras
Esperamos que tudo mude
E tudo fica
Tristemente igual…

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Um Feliz Natal …

A Equipa do Enferm@gem Pedi@tric@ deseja a todos(as) os(as) seus(suas) amigos(as) e visitantes:

UM FELIZ NATAL! 

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Mais um prémio …

Vindo do Enfermeiro de Anestesia recebemos um prémio interessante:

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Agradecemos desde já a lembrança que o colega teve relativamente ao nosso blog: MUITO OBRIGADO

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Assim sendo aqui vai o protocolo da coisa:

1. Este prémio deve ser atribuído aos blogs que considerem serem bons, entende-se como bom os blogs que costuma visitar regularmente e onde deixa comentários.
2. Só e somente se recebeu o “Diz que até não é um mau blog”, deve escrever um post:
– Indicando a pessoa que lhe deu o prémio com um link para o respectivo blog;
– A tag do prémio;
– As regras;
– E a indicação de outros 7 blogs para receberem o prémio.
3. Deve exibir orgulhosamente a tag do prémio no seu blog, de preferência com um link para o post em que fala dele.
4. (Opcional) Se quiser fazer publicidade ao blogger que teve a ideia de inventar este prémio, ou seja – Skynet – pode fazê-lo no post).

E as vítimas do Enferm@gem Pedi@trica são:

Enfermeiro de Anestesia

Intervenção de Enfermagem em Grupos de Ajuda Mútua

Planeamento de uma gravidez

O laboratório da grávida

Milagre de vida

O enfermeiro

O canto social

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Workshop

Com o patrocínio da Humpar vai realizar-se dia 29 de Outubro no Porto um workshop sobre humanização do parto para médicos e enfermeiros obstetras, parteiras e estudantes de medicina ou enfermagem com Debra Pascali Bonaro, doula e formadora certificada pela DONA International (Doulas Of North America).

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Mais informações aqui:

http://sobcesaria.blogspot.com/2007/10/novos-conceitos-de-sade-workshop-para.html

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Este tema vem despertado interesse em diversas áreas do conhecimento.
Contudo, tal facto não minimiza ou reduz os efeitos que as idéias préconstruídas em torno da morte têm causado no homem, em diferentes estágios de seu ciclo de vida.

A morte é, pois, tema tão antigo quanto o homem. Segundo Morin (1997), é nas atitudes e crenças diante da morte que o homem exprime o que a vida tem de mais fundamental. A morte, segundo o mesmo autor, permanece como um grande mistério para o homem. Este prefere ignorá-la ou contemplá-la, por vezes, indo ao seu encontro.
Assim, torna-se frequente, as pessoas evitarem falar sobre a morte e o morrer. Não é de se estranhar que adultos – pais, familiares – tentem “proteger” uma criança da situação que envolve falar sobre a morte ou visualizar a concretização da morte, através do corpo inerte de um ente querido.
Será que crianças com 6 anos sabem o que é a morte?

Como é que uma criança lida perante a morte do outro, se o adulto não consegue lidar com este tipo de perda e tem profunda dificuldade em deparar-se com um facto real, que busca negá-lo, na maior parte dos momentos, no seu dia-a-dia?

Existe hora e momento oportuno para se falar de morte a uma criança?

Que momento será então esse?

Quando ela deixar de brincar com suas fantasias e deixar se aprisionar pelos medos e monstros criados pela sua mente infantil, quando ela for capaz de entender os motivos da morte?

Quando ela crescer?

Isso seria uma garantia de que haveria o entendimento para a dor da perda?
Será que não se trata de um erro pensar que uma criança não é capaz de entender o que acontece com aqueles que morrem?

A percepção e a conceptualização da morte pela criança podem ser vistas como uma ocorrência natural do processo de desenvolvimento humano, ou elas são alteradas, intensificadas, distorcidas por vivências específicas, como quebra de vínculos ou doenças que colocam a vida em risco?
– Qual a representação existente da morte para a criança e como é expressa?
– Qual é a percepção da criança sobre a morte quando está doente?
– Como é que ela percepciona a morte de pessoas significativas?

Estas e outras questões figuram como preocupações para todos que percepcionam a morte como um evento da existência.
A criança vai construindo o conceito de morte juntamente com o desenvolvimento cognitivo.
Torres (1979), em pesquisa realizada com 183 crianças de 4 a 13 anos, estudou a relação entre o desenvolvimento cognitivo e a evolução do conceito de morte.

A autora pesquisou o conceito de morte ligado a três, dos quatro períodos do desenvolvimento cognitivo segundo Piaget:
a) Período pré-operacional – as crianças não fazem distinção entre seres inanimados e animados. Não percepcionam a morte como definitiva e irreversível.
b) Período das operações concretas – as crianças distinguem entre seres inanimados e animados, mas não dão respostas lógico-categoriais de causalidade da morte. Elas buscam aspectos perceptíveis, como a imobilidade para defini-la; contudo, já são capazes de percepcionar a morte como irreversível.
c) Período das operações formais – as crianças reconhecem a morte como um processo interno, implicando em paragem do corpo.
Bromberg (1998) refere que uma questão característica de uma criança no período pré-operacional, ao saber que a sua mamãe faleceu e não fará futuramente as coisas que fazia, pode vir a ser: “E quem é que me vai levar para a escola agora?”
Este tipo de questão, segundo a mesma autora, pode causar um impacto nos adultos que, desconhecendo essa dimensão do pensamento da criança, poderão considerá-la insensível à persa.
Por sua vez, Kübler-Ross (2003) refere que crianças reagem à morte do pai ou da mãe, dependendo de como foram criadas antes do momento dessa perda. Se os pais não têm medo da morte, se não pouparam os filhos das situações de perdas significativas, como por exemplo, a morte de um bichinho de estimação ou a morte de uma avó, eventualmente não occorrerão problemas com a criança em questão.

Bromberg (1998) chama a atenção para a forma como nos comunicamos com as crianças. Ao se comunicar com uma criança acerca da morte de alguém, o uso de certas expressões pode confundi-la. Expressões habituais como “finalmente descansou” poderá levar a criança a pensar que, se a pessoa dormir e descansar poderá voltar.
Ao se falar de morte, inevitavelmente, o tema conduz ao processo do luto, como conjunto de reações diante de uma perda. Recordamos que podem existir mortes e processos de luto por ausências, separações e vivências de abandono. O processo de luto, então se dará diferentemente. Quanto maior o investimento afectivo, maior a energia necessária para o desligamento.
Pais e outros adultos não devem excluir as crianças da experiência de perda com a finalidade de poupá-las ao sofrimento. Tal atitude poderá, por sua vez, bloquear o processo de luto. Nessa perspectiva, cada criança vivenciará o seu luto de muitas maneiras diversificadas.

O primeiro passo para a realização do luto é a aceitação que a morte se deu.
Ainda dentro de uma visão do desenvolvimento, é possível compreender os recursos que uma criança doente utiliza para enfrentar a própria doença e o significado que lhe atribui. Com o passar do tempo, a criança começa a percepcionar o desenrolar de sua doença, entrando num processo de despedidas de pessoas e coisas do seu mundo.

O problema do suicídio também não deve deixar de ser mencionado. Podemos então questionar como é que a criança se sente quando é informada que alguém importante na sua vida se suicidou?
É muito difícil para uma criança pequena entender o significado do suicídio. As mais pequenas podem chegar a pensar que o (a) suicida não a amava, não pensou nela e nos irmãos.

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O aumento de crianças obesas prenuncia uma degradação da saúde das populações dos denominados países ricos, nomeadamente através do aumento das doenças cardiovasculares e da diabetes. É também em muitos círculos, sobretudo pela OMS, conhecida como a epidemia do século.

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Em Portugal, 31,5% de crianças dos 7-9 anos têm excesso de peso das quais 11,3% são obesas (Padez et al., 2004).
Um estudo realizado em Coimbra, com crianças dos 3 aos 6 anos, revelou que 31,9% apresentam sobrepeso e 10,5% obesidade (Rito A, 2001).Recentemente uma equipa de investigadores norte-americanos revela que o futuro poderá ser ainda mais preocupante do que o previsto (Revista “Pediatrics”). Numa pesquisa efectuada nos EUA, em vez de medirem o habitual Índice de Massa Corporal (IMC), os investigadores focaram-se num outro indicador do excesso de peso: a obesidade abdominal. A obesidade abdominal tem vindo a ser considerada como mais fiável do que o IMC na previsão do risco de doenças cardiovasculares e de diabetes de tipo 2 (o tipo associado à obesidade). O facto é que uma criança muito musculada poderá ter um IMC elevado, pouca gordura abdominal e ser perfeitamente saudável, ao passo que uma criança sedentária poderá ter um IMC relativamente pouco elevado, mas se tiver grande quantidade de gordura acumulada ao nível da cintura poderá apresentar um risco maior face às doenças cardiovasculares e da diabetes.
Habitualmente nas Instituições de Saúde existem umas tabelas onde se pode avaliar o IMC duma criança
Como parte da avaliação cuidada e regular, o médico ou a enfermeira (consulta prévia de triagem) calcula o Índice de Massa Corporal da criança (IMC= Peso(kg)/Altura(m)xAltura(m)) e determina o seu desenvolvimento, de acordo com as curvas de crescimento (percentis). Estes indicadores, mostram se a criança tem demasiado peso para a idade, sexo e estatura. De acordo com as recomendações (as que se encontram no boletim de saúde).

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Quando o IMC é igual ou superior ao percentil 85 e inferior ao percentil 95 é possível fazer um diagnóstico de pré-obesidade.
Quando o IMC é igual ou excede o percentil 95 considera-se que existe obesidade.

A origem da obesidade infantil resulta da combinação de uma série de factores:
factores de ordem alimentar – quando uma criança consome mais calorias do que aquelas que gasta, resultando este “saldo positivo” numa alimentação hipercalórica;
factores de ordem ambiental e cultural – quando a criança está inserida numa família que não tem hábitos de actividade física; quando habita um local onde não existem espaços para correr, saltar, trepar; quando o automóvel é o único transporte utilizado; ou quando a criança não é incentivada a fazer exercício físico tanto em casa como na escola;
– factores de ordem genética – a hereditariedade também influência o balanço genético de cada pessoa. É por isso muito importante que a promoção de hábitos saudáveis se faça desde a infância.

Riscos da obesidade: a obesidade tem consequências físicas e psicológicas.
As consequências físicas são óbvias: uma criança com excesso de peso pode ter (ou vir a ter) problemas cardiovasculares, respiratórios e ortopédicos. Outra consequência, não menos grave, é o diagnóstico de diabetes tipo II, que até há pouco era exclusivo dos adultos, e que começa já a não ser invulgar entre crianças obesas.
A nível psicológico – e ao contrário da ideia estabelecida de que os gordos são bem-dispostos – muitas crianças obesas sofrem verdadeiramente com este problema. Sentem-se desconfortáveis, envergonhadas e têm, o que não é raro, problemas de auto-estima e dificuldades em relacionar-se com os colegas.

Como lidamos com uma criança obesa no meio escolar?
Muitas vezes, as crianças obesas são gozadas sem qualquer pudor; noutras, a discriminação é mais subtil, mas não menos sentida, nem menos preocupante. Acontece com frequência, por exemplo, que os mais “gordinhos” sejam postos de parte no momento de se constituírem equipas para os jogos (ou serem os últimos a ser escolhidos… e a muito custo). É neste momento que começa um ciclo que é difícil de ser interrompido. À partida, uma criança obesa tem vergonha do seu corpo e não se sente à vontade (nem gosta) de se mexer. Posta de parte pelos colegas no recreio, menos vontade tem de participar. Como não participa, tem maiores probabilidades em ganhar peso. Este é um momento em que o professor pode intervir, explicando como é importante ajudar o(s) colega(s) com excesso de peso e que esta pode passar a ser (também) uma tarefa da turma.
Para além disso, é muito importante que o professor valorize as características positivas destas crianças, que lhes atribua papéis que contribuam para a sua integração, mesmo no campo desportivo.
Paralelamente, e obrigatoriamente sempre com a família, será necessário fazer um trabalho ao nível da educação alimentar e da promoção de estilos de vida saudáveis. Actualmente é muito díficil cuidar de uma criança obesa.

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Assim, mais do que um problema puramente de educação alimentar, a obesidade infantil pode incluir elementos que vão desde doenças orgânicas graves até alterações da dinâmica familiar, principalmente da relação mãe-filho, passando por mecanismos ansiosos e depressivos. O seu diagnóstico e tratamento envolve portanto um grande número de factores que devem ser exaustivamente pesquisados para que não se cometam enganos, desnecessários e perigosos … relativamente à epidemia do século.

In portal aeiou – 29-06-2006
In Obesidade On-line
Acta Médica Portuguesa, 2004 – TENDÊNCIAS DO PESO EM PORTUGAL
NO FINAL DO SÉCULO XX
Estudo de coorte de jovens do sexo masculino
E. LACERDA NOBRE, Z. JORGE, A. MACEDO, J. JÁCOME DE CASTRO
Serviço de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo. Hospital Militar Principal. Lisboa

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