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Archive for Fevereiro, 2008

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“Logo desde os primeiros movimentos do bebé no ventre da mãe, os pais pensam: ‘Esta vai ser a minha nova vida. É meu dever fazer tudo para que este bebé cresça e se desenvolva. O meu dever – parte desta responsabilidade – é alimentá-lo bem’”, observam os autores, lembrando que este papel “começa a ser uma preocupação” mesmo antes de um filho nascer.
É o que garantem Brazelton e Sparrow no livro “A Criança e a Alimentação” (Editora Presença).
É precisamente com este objectivo presente que os especialistas aconselham, sempre que possível, a amamentação materna e, mais tarde, a introdução dos alimentos de forma gradual, equilibrada e saudável.
“O aleitamento a peito é inquestionável nos primeiros meses de vida”, afirma Isabel Lamy, pediatra. “O leite materno é rico, contém todos os nutrientes necessários – é o melhor –, ajuda a aumentar os anticorpos e as defesas dos bebés.” Visto por outro prisma, “o acto de amamentar faz bem à mãe e ao filho, ajuda à interacção entre ambos”.
É claro que nem todas as mulheres têm esta possibilidade, pois não têm leite. Por outro lado, e porque a maioria trabalha fora de casa e tem de regressar à rotina profissional três ou quatro meses depois do parto, o recurso aos leites artificiais também acaba por ter lugar mais cedo.
Refere ainda a pediatra “A escolha deve ser feita pela mãe e pelo pediatra, atendendo às preferências da criança. Por vezes, esta não gosta de um tipo de leite, sem que esteja em causa a sua qualidade. É apenas uma questão de gosto.”

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A introdução da primeira papa à colher ocorre por volta do quarto mês e não deve possuir glúten, com a finalidade de preparar o intestino para as próximas alimentações, habituando assim a criança a comer mais pausadamente e com algum paladar, e como quem diz com disciplina à alimentação que é algo muito importante para o futuro da criança.

A refeição prolonga-se, agora, consideravelmente, a criança precisa de mais tempo para digerir este alimento que se apresenta mais sólido.

No quinto ou sexto mês de vida, a criança já não possui reservas de ferro adquiridas no ventre materno. Assim sendo é preciso fornecer-lhe este mineral através de alguns alimentos, tais como os legumes verdes. “Devemos introduzir a sopa na alimentação diária do bebé, por exemplo, ao almoço”, sublinha a pediatra, acrescentando que, à noite, poderá sempre ser mantido o biberão ou o leite materno a peito.
Inicialmente, a sopa de legumes deve ser simples, não conter carne, peixe ou caldos de carne, com a batata e a cenoura como base e em pequena quantidade. A preparação do prato deve estar isenta de sal e o azeite – um pequeno fio – deve ser colocado apenas no fim, evitando que ferva.

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A partir do 4º mês – exemplo de um plano de alimentação diversificada:

A ordem da introdução não é rígida e deve ser adaptado a cada criança.
Dar os alimentos sólidos à colher.
Oferecer água (previamente fervida e arrefecida) no intervalo das refeições.
Não introduzir alimentos novos com intervalos inferiores a 1 semana.
Não juntar papa ao leite do biberão.

Inicio : Substituir uma refeição de leite por papa sem glúten (de preferência não láctea). Estas papas devem ser preparadas com o leite que o bebé está a tomar.
As papas lácteas ou os leites adaptados devem ser preparados só com água, previamente fervida.
A papa deve ser preparada no prato e oferecida à colher 1 vez por dia.

1 a 2 semanas mais tarde: substituir outra refeição de leite por uma sopa de legumes. 1ª sopa: batata e cenoura. Os legumes são triturados e reduzidos a puré.
Deverá introduzir um legume novo a cada semana, tais como alface, agrião, abóbora,alho francês, feijão verde, bróculos, couve flor. Adicionar uma colher de chá de azeite no final da cozedura.
Não dar espinafres, nabo, beterraba, tomate, leguminosas e cebola.

Confeccionar a sopa diariamente ou de 2 em 2 dias e conservar no frio em caixa adequada.
1 semana mais tarde: Fruta crua/assada/cozida ralada ou esmagada (maça, pêra, ou banana).

Cristina Morais

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