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Archive for Abril, 2009

A adolescência tem sofrido oscilações de acordo com as transformações sociológicas, políticas, económicas e familiares que têm ocorrido na sociedade. Nas antigas sociedades o espaço de transição para a vida adulta consistia numa linha ténue marcada por rituais ou cerimoniais.

Somente há pouco tempo, nas sociedades industrializadas, é que os adultos iniciaram o reconhecimento das necessidades fisiológicas e psicológicas características dos jovens. A adolescência é pois a idade das mudanças (adolescere significa amadurecer, crescer em latim).

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Actualmente como profissionais de enfermagem procuramos respostas para algumas interrogações, tais como:
– Que valor atribuem os jovens à sua sexualidade?
– Estarão os jovens actuais preparados e motivados para a responsabilização da sua própria séxualidade?

Na verdade, o valor que os jovens atribuem hoje à sua sexualidade está ainda muito dependente dos factores de socialização a que foram sujeitos, principalmente exercidos pela família, escola e pelo grupo de pares, embora também hajam jovens que a  valorizam.

Contudo constata-se que, à medida que os tabus vão sendo desconstruídos, surgem mais oportunidades de falar abertamente da sexualidade aos jovens e com os jovens.

Clicio Fotografias

Ao não abordarem a temática da sexualidade com a naturalidade e respeito que lhe são devidos, os adultos (essencialmente pais, professores e técnicos de saúde) estarão a promover e a perpetuar a ignorância, com base na falta de informação, o preconceito, os estereótipos sociais e a disparidade social de que são vítimas, sobretudo os jovens portugueses.

A  ignorância deve ser combatida a todo o custo: a do próprio jovem em relação ao seu corpo, à sua identidade e à do Outro; a ignorância dos limites que devem existir, do direito que cada ser humano, rapariga ou rapaz, tem de dizer sim ou não. Todos nós devemos ter o direito inalienável de saber mais sobre nós próprios (e do Outro) de nos descobrirmos, de nos questionarmos, de amarmos a nós próprios e ao Outro.

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A educação sexual é pois fundamental.
A criação de um espaço seguro, de consciencialização dos afectos e dos medos próprios dos adolescentes, que atravessam um período de descobertas e experiências que, nalguns casos, os podem marcar para a toda a vida, espaço esse onde os jovens possam dialogar, esclarecer dúvidas e trocar ideias, sem medo de serem ridicularizados e/ou discriminados é deverás importante.

Daí existirem projectos, tanto em escolas como em centros de saúde virados para a  criação desse espaço, que todos os Adultos devem apoiar.

Os Centros de Atendimento a Jovens foram criados para responder a situações que se prendem com o desenvolvimento pessoal dos adolescentes, nomeadamente ao nível:

* da saúde sexual e reprodutiva;
* do planeamento familiar;
* das doenças sexualmente transmissíveis;
*da prevenção do consumo de substâncias psico-activas e outros comportamentos de risco
.

Estes Centros contam com o apoio de equipas interdisciplinares que promovem acções de:

* prevenção e informação
* aconselhamento
* apoio médico
* encaminhamento personalizado

Artigo de Margarida Pereira e Joana Santos

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RelembRaR AbRil

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Equipa do Enferm@gem Pedi@tric@

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Actualmente  muitas crianças crescem sem regras, sem lhe imporem limites nem transmissão de valores, num ambiente desprovido, muitas vezes de afectividade. Quando chegam à Escola, como tudo lhes é permitido pelos seus progenitores em casa, não aceitam as regras que lhes são impostas, porque quem é responsável por elas não soube fazer aquilo que deveria ter feito e ser o básico: EDUCAR.
Antigamente as crianças viviam em famílias grandes e alargadas (famílias enormes com mais de 20 elementos) que funcionavam como redes de apoio (psicológico, mental, afectivo, económico e social). Actualmente vivem em famílias mais pequenas , denominadas de famílias nucleares, praticamente sem redes de apoio ou com poucas redes de apoio a quem recorrer, ficando, muitas vezes, à mercê de redes virtuais, com todas as consequências que daí podem advir, porque os seus pais estão a trabalhar e saem de casa à hora em que se encontram a dormir e regressam nas mesmas circunstâncias.
Seria importante que os membros da família nuclear interagissem mais intensamente, como se fossem uma rede de comunicação partilhada,  onde se debatessem os problemas, as dificuldades e as dúvidas, assim como as soluções para as mesmos. Para isso os pais têm que se mentalizar que a função ser pai acarreta também o facto de ter disponibilidade para o seu filho ou filhos.
Se os membros dessa família continuarem de costas viradas, os problemas de indisciplina nas escolas não se poderão resolver.
Alguns pais pensam que compete à escola incutir nas crianças a educação básica, aquela em que os pais têm o dever de impor as regras mais elementares (respeitar o mais velho, regras de higiene, respeitar o espaço do outro, etc.).
Não haverá uma certa negligência dos pais em relação aos filhos?
PAIS, a educação tem que começar em casa, os professores continuam essa educação, complementam-na, mas não substituem o papel de pais, pois essa função deve ser única e exclusivamente dos pais.
Não estarão a demitir-se da sua função de PAIS que também deveriam ser EDUCADORES?
Pensando bem se as crianças têm problemas de aceitação em respeitar o espaço dos outros como podem conviver com os outros meninos?
Não será daí que, muitas das vezes,  vem a dificuldade de concentração, o desinteresse, e consequentemente os maus resultados que obtêm na escola?
Para alguns pais educar significa dar muitos bens materiais, porque assim os pequenos estão sempre satisfeitos, mas isso não é educar porque a EDUCAÇÃO não se vende nem se compra, transmite-se!

Verdade seja dita, actualmente, os professores não podem apoiar as crianças como as apoiavam antigamente (temos familiares professores e sabemos que isso assim é). Os professores, entupidos pela burocracia que  lhes é imposta, têm pouca disponibilidade para apoiar os seus alunos.
Nas escolas faltam técnicos especializados (em necessidades especiais educativas) para lidar com certos casos e que possam fazer o acompanhamento e aconselhamento dos alunos, professores e família. Habitualmente os professores estão destinados para ministrarem as suas aulas e não dispõem de horas para apoiar os seus alunos para além do seu horário semanal, já de si sobrecarregado.
Esta temática vai-se debater HOJE:

Por que é que crianças e adolescentes sem qualquer deficiência ou atraso e com um desenvolvimento aparentemente normal não aprendem na escola? O que explica o seu desinteresse e desmotivação? E o que leva, tantas deles, à indisciplina e ao mau comportamento? Antes de um problema, as dificuldades de aprendizagem constituem, sobretudo, um sintoma, defendem especialistas que debatem tema amanhã, em Lisboa.

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Cristina Morais e Rosa Silvestre

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Domingo de Páscoa

Domingo comemora-se a Páscoa.

A todos os amigos e visitantes

a Equipa de Enferm@gem Pedi@tric@ deseja uma BOA PÁSCOA.

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A Educação Alimentar e as Crianças

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Alguns conselhos para os Pais

Ao longo da vida as necessidades da alimentação podem variar.

Contudo uma máxima percorre todas as idades: devemos comer de tudo um pouco. Em todas as faixas etárias existem riscos e cuidados a com a alimentação. Cereais açucarados, sumos concentrados, refrigerantes e alimentos ricos em gorduras (que se encontram em cadeias de restaurantes de grandes marcas) são grandes inimigos de uma alimentação saudável nas crianças, muito receptivas ao que consomem através da publicidade, emitida essencialmente pelos anúncios publicitários na TV.
Alguns nutricionistas alertam para a grande ligação entre a alimentação e a afectividade, que tem grandes reflexos na forma como os pais gerem a alimentação dos mais novos. Oferecer caramelos, como forma de compensar a ausência dos pais, ou reprimir o mau comportamento com um prato de sopa (como se a sopa fosse um castigo) são comportamentos nocivos que vão influenciar a mente e consequentemente os hábitos alimentares futuros nas crianças, esquecendo que as crianças devem ter a liberdade de conhecer as diversas texturas que compõem os alimentos de uma forma saudável, sem a noção errada de que os alimentos são castigo ou recompensa.

Alimentos com proteínas que forneçam todos os aminoácidos, cálcio ou ferro são elementos fundamentais na dieta infantil, onde o mais importante é ensinar as crianças a gostar dos alimentos.

Uma boa dieta passa pela selecção de alimentos naturais tais como fruta, legumes, cereais e alimentos fibrosos, devendo assim constituir-se por alimentos que estimulem a mastigação.

Existem manuais muito úteis, nesta área, nomeadamente o ‘Manual para uma Alimentação Saudável em Jardins de Infância’ e o ‘Manual de Educação para a Saúde em Alimentação’, que se recomendam.

Rosa Silvestre (texto colocado num blog a visitar, no Blog Jardins Saudáveis)

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