O Dia Internacional das Crianças Desaparecidas teve origem no facto de, no dia 25 de Maio de 1979, uma criança de 6 anos, Etan Patz, ter sido raptada em Nova York e desaparecido. Nos anos que se seguiram, várias organizações começaram a assinalar esta data mas foi só em 1983 que o Presidente dos EUA declarou o 25 de Maio como o dia dedicado às Crianças Desaparecidas.
Três anos mais tarde, em 1986, esta data conheceu a dimensão internacional.
Na Europa, foi em 2002 que este dia foi assinalado pela Child Focus, ONG parceira Belga, como uma experiência piloto, sob o patronato da Rainha Belga. Em 2003, as iniciativas fizeram-se sentir na França, Holanda, Reino Unido (onde se dedica todo o mês à problemática dos desaparecidos), República Checa, Polónia, Alemanha e Bélgica.
A partir de hoje, no Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, entra em funcionamento um número telefónico único europeu para estes casos: 116000
Com este número, os pais podem enunciar o desaparecimento de um filho, e essencialmente a própria criança pode utilizá-lo para pedir apoio se for caso disso.
O Instituto de Apoio à Criança (IAC) luta há anos por este dia, que fará a diferença na luta contra o pior de todos os pesadelos de uma família.
Segundo o IAC “Todos os dias centenas de crianças desaparecem na Europa e em todo o mundo. Algumas nunca são encontradas, mas felizmente a grande maioria das crianças acabam por ser localizadas dentro das primeiras 24 horas do seu desaparecimento, graças ao árduo trabalho de vários profissionais”.
Este número de telefone é lançado, em simultâneo em todo o espaço europeu. Portugal está entre os dez estados-membros da UE que se associaram a esta decisão, sendo os outros a Bélgica, a Eslováquia, a França, a Grécia, a Holanda, a Hungria, a Itália, a Polónia, e a Roménia.
26 crianças e jovens sem rasto
por LICÍNIO LIMA
“Em Portugal desaparecem, em média, dois menores por dia. Hoje lança-se o novo número de telefone de alerta: 116 000.
Em Portugal desaparecem todos os dias, em média, pelo menos duas crianças ou jovens até aos 18 anos. A maioria é recuperada. Mas sem paradeiro certo encontram-se ainda 26, que a Polícia Judiciária (PJ) acredita encontrar a qualquer momento.
Em 2008, desapareceram 148 crianças, dos zero aos 12 anos. Destas, encontram-se duas ainda sem paradeiro certo. Dos 13 aos 18 anos, foram 526, estando também dois adolescentes por recuperar. Este ano, até Abril, só na região de Lisboa, desapareceram 24, dos zero aos 12 anos, todos já recuperados. Na mesma região e no mesmo período, registaram-se 304 casos, dos 13 aos 18 anos, estando 22 ainda desaparecidos. Neste momento, as autoridades procuram o paradeiro de, pelo menos, 26 crianças e jovens, mantendo em memória os enigmáticos casos Maddie, a criança inglesa desaparecida em 2007, e Rui Pedro, em 1998.
Este dois casos estremeceram o país, mas são raros. A maior parte dos desaparecimentos ocorre em instituições de acolhimento, em que 80% são reincidentes”.
1ª Blogagem Colectiva em Defesa da Infância
2ª Blogagem Colectiva em Defesa da Infância
Equipa do Enferm@gem Pedi@tric@
Impressiona o número de desaparecidos sem que as autoridades se aprofundem mais nas buscas. No caso da menina Madelaine é sabido que a polícia demorou para fazer ocorrência do fato. Se fosse antes, o bandido ainda estaria na trilha. Parabéns pela participação e informações expressas no texto. As crianças agradecem!!
Olá Luma, obrigado pela visita.
A Equipa do Enferm@gem Pedi@tric@